A UERJ e o Ministério Público Federal (MPF) assinaram, nesta quarta-feira (29/06), um convênio de cooperação técnica mútua para a promoção de estudos, avaliações e diagnósticos na área de políticas públicas e a execução de projetos que visam o aperfeiçoamento, a extensão, a integração e o intercâmbio entre as duas instituições. Realizada no auditório da Reitoria, a solenidade contou com a presença do Reitor Ruy Garcia Marques; do Procurador-chefe da Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro, José Gomes Riberto Schettino; da Sub-reitora de Extensão e Cultura, Elaine Torres; da Diretora da Faculdade de Geologia (FGEL), Lelia Maria Kalil Thiago; do Chefe de Gabinete da Reitoria, Roberto Dória; além de docentes e estudantes.

O professor Enrico Campos Pedroso, do Departamento de Geologia Aplicada (DGAP), apresentou a produção acadêmica da FGEL e explicou as razões que motivaram a busca por uma parceria com o MPF na área ambiental. Segundo o docente, a Universidade, atualmente, trabalha, dentre outras frentes, no desenvolvimento de um projeto de criação de um centro de recepção de imagens de satélite de alta resolução, a ser instalado futuramente no campus de Resende, na Região do Médio Paraíba. “É importante ter um monitoramento preventivo utilizando imagens de satélite para desastres naturais, emergências ambientais e muitas outras aplicações. A UERJ tem plenas condições de receber um projeto como esse para capacitarmos ainda mais o nosso Estado, para evitar problemas ambientais e para crescer em termos de conhecimento e tecnologia”, disse.

O Procurador-chefe da Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro, José Gomes Riberto Schettino, fez uma breve apresentação sobre a organização e as atribuições do Ministério Público Federal e destacou o papel da instituição no cumprimento da legislação: “Sabendo que o meio ambiente é muito sensível à intervenção humana é que se exige que, para qualquer ação, haja uma série de estudos e análises para que eventualmente alguém possa intervir. Por isso, que há em todas as esferas da administração pública, seja da União, dos estados e dos municípios, a exigência de licenças para intervenção”.

A Procuradora da Tutela de Meio Ambiente, Zani Cajueiro Tobias de Souza, destacou a atuação do MPF junto à indústria da mineração e em desastres naturais nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, além de mencionar trabalhos já executados em parceria com universidades públicas. “A gente aqui não está falando apenas de atuação ambiental. O chefe da Procuradoria está assinando, aqui na UERJ, um convênio para cooperação também em outras áreas de atuação como na saúde e em vários outros casos”, lembrou. Já o presidente do Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ), Wilson Ferreira Giozza, explicou o funcionamento da autarquia, as principais áreas de atuação (mineração, geologia básica e aplicada, meio ambiente, hidrogeologia, petróleo e gás e risco geológico) e fez uma síntese das principais pesquisas e diagnósticos desenvolvidos no território fluminense.

A história do samba carioca é tema da nova edição do projeto “Roteiros Geográficos do Rio”, no mês de julho. Em homenagem ao centenário do gênero musical, no próximo domingo, dia 10, será realizado o roteiro “Dos Lamentos do Cais do Valongo aos Simbólicos Batuques da Pedra do Sal e Emissões da Rádio Nacional”, apresentando a relação do samba com a geografia, arquitetura, religiosidade e cultura de diversos locais do centro da cidade.

“A iniciativa tem como principal objetivo contribuir para a autoestima da população em relação ao seu próprio universo e enaltecer o mundo do samba”, explica João Baptista F. de Mello, coordenador do projeto e professor do Instituto de Geografia (IGEO).

O evento multidisciplinar, que será realizado no auditório 11 do campus Maracanã, terá a participação de pesquisadores da UERJ, envolvendo a Faculdade de Geologia, a Faculdade de Oceanografia, a Faculdade de Formação de Professores, a Faculdade de Engenharia, o Instituto de Geografia, a Faculdade de Tecnologia, o Centro de Estudo Ambientais e Desenvolvimento Sustentável, o Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes, do Procurador da República Sergio Suiama e de técnicos de órgãos ambientais.

Guiada por João Baptista, a aula-passeio começará às 10 horas, na esquina das ruas Sacadura Cabral e Camerino. A caminhada seguirá em direção ao Cais do Valongo, tombado pela Unesco por ser o ancoradouro que recebeu o maior número de escravos no mundo. Ainda estão incluídos lugares como Trapiche Gamboa, Pedra do Sal, Nova Praça Mauá, entre outros.

O roteiro pode ser cancelado em virtude de mau tempo, por isso, é importante a confirmação de sua realização pelo telefone (21) 98871-7238. A aula é gratuita e todo o roteiro é realizado a pé. Mais informações: www.roteirosdorio.com.

Lançado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), o edital 2016 do Programa “Apoio à manutenção de equipamentos multiusuários” tem como objetivo manter em bom funcionamento equipamentos multiusuários de médio e grande porte – em que o uso coletivo seja regulamentado por um comitê de usuários e administrado por um coordenador –, provendo recursos para sua manutenção corretiva ou preventiva, evitando, dessa forma, interrupções nas atividades de pesquisa em áreas relevantes e estratégicas para o desenvolvimento fluminense.

Segundo o cronograma do edital, a submissão de propostas deverá ser feita on-line até o dia 28 de julho. As equipes proponentes serão formadas por um conjunto de pesquisadores vinculados a instituições de ensino e/ou pesquisa sediadas no Estado do Rio de Janeiro, dentre os quais deverá ser definido o coordenador do equipamento, que será o responsável pelo encaminhamento das propostas orçamentárias para a manutenção dos equipamentos, com anuência de sua instituição de origem, sendo os demais participantes considerados como pesquisadores associados. Todos os pesquisadores da equipe, tanto o coordenador quanto os pesquisadores associados, devem ter o grau de doutor ou equivalente, devem estar ativa e produtivamente envolvidos em pesquisa relevante para a proposta e somente poderão participar de uma equipe.

Os recursos alocados para o financiamento do Programa “Apoio à manutenção de equipamentos multiusuários” são da ordem de doze milhões de reais, definidos na Programação Orçamentária da FAPERJ, e as propostas deverão ser classificadas em uma das três faixas determinadas no edital, de acordo com o montante solicitado e o número de componentes da equipe. São financiáveis itens de custeio indispensáveis à manutenção corretiva ou preventiva dos equipamentos multiusuários, podendo compreender: material de consumo indispensável à operação do aparelho; acessórios para o funcionamento e melhoria

do equipamento; contratos para a manutenção corretiva ou preventiva de equipamentos durante o período de execução do projeto contemplado (máximo de 24 meses); e despesas relacionadas com importação de peças de reposição.

Os projetos serão avaliados por um Comitê Especial de Julgamento, designado pela diretoria da FAPERJ, levando-se em conta a característica da proposta (manutenção corretiva e/ou preventiva de equipamento multiusuário; a urgência, relevância e gravidade do problema; a lista das instituições atendidas pelo equipamento; a abrangência do equipamento atestada pelos pesquisadores atendidos; os programas de pós-graduação stricto sensu atendidos pelo equipamento, atestados pela coordenação dos programas; os Curriculum Vitae resumidos do coordenador e de todos os pesquisadores associados entre os anos 2010 e 2015, além da importância, contribuição e resultados esperados para o desenvolvimento científico e tecnológico fluminense.

Os procedimentos de inscrição e todos os critérios de análise e julgamento das propostas podem ser vistos no edital completo do Programa “Apoio à manutenção de equipamentos multiusuários”, que está disponível em www.faperj.br.