A UERJ recebeu, na última quarta-feira (13/04), a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para uma audiência pública, com o objetivo de discutir, coletivamente, soluções para a crise que aflige a Universidade. Realizada no auditório 11 do Campus Francisco Negrão de Lima, a mesa foi composta pelo reitor Ruy Garcia Marques; pelo presidente da comissão, deputado estadual Comte Bittencourt; pelos deputados estaduais Dr. Julianelli, Eliomar Coelho, Flávio Serafini, Marcelo Freixo, Paulo Ramos e Waldeck Carneiro; e por representantes da Asduerj (Lia Rocha), Sintuperj (Jorge Lemos – Gaúcho) e dos estudantes (Bruna Trajano). O auditório estava completamente lotado, com transmissão simultânea para o auditório 13, com a presença da vice-reitora Georgina Muniz, de muitos membros da administração central e muitos docentes, estudantes, técnico-administrativos e funcionários terceirizados, além de representantes do comando de greve dos três segmentos.
O principal assunto tratado na audiência foi a crise de financiamento da UERJ. De acordo com o reitor, estão inadimplentes faturas de fornecedores e de terceirizados que remontam a setembro de 2015, no valor estimado de R$ 145 milhões. “Esses atrasos tornaram precários os serviços de manutenção, limpeza e fornecimento de insumos. O restaurante universitário está com suas atividades paralisadas; o Complexo de Saúde da UERJ funciona no limite da exaustão, graças, ainda, ao compromisso do seu corpo clínico e de nossos técnicos administrativos. Esta é, certamente, a maior crise de financiamento por que passa a UERJ, desde a sua fundação. Infelizmente, depois de um período de investimentos e valorização, nossa universidade corre sério risco de regredir, e os números não mentem, nem se transformam em mitos”, alertou.

Em sua fala, Ruy Garcia ainda destacou a importância dos movimentos em defesa da Universidade: “quaisquer movimentos pacíficos, ordeiros e democráticos que surjam e ocorram no âmbito da UERJ são e serão sempre legítimos e apoiados por nossa reitoria... É característica de uma universidade ser plural e isso a dignifica!”

Por sua vez, o deputado Comte Bittencourt, presidente da comissão, fez questão de destacar o restabelecimento do diálogo institucional entre a UERJ e o poder legislativo fluminense. Todos os deputados, membros da Comissão de Educação da Alerj, declararam seu apoio e disposição em contribuir para que se chegue a soluções para resolver a crise que atinge a UERJ.

Ao final da audiência, o reitor Ruy Marques reafirmou a importância de se poder discutir com a Comissão de Educação da Alerj as possibilidades existentes para que nossos grandes problemas possam ser sanados no menor tempo possível, de modo a retomar a rotina da Universidade.

Maria Aparecida Andrade Salgueiro, professora associada do Instituto de Letras da UERJ, foi convidada, sem ônus para a Universidade, a fazer a abertura do "Latin American and Caribbean Studies Symposium 2016", que será realizado entre os dias 15 e 22 de abril, no 'College of Charleston’, universidade localizada no Estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos.

Em sua conferência magna, intitulada "Negotiating Issues of Blackness in Multiethnic Nations", Maria Aparecida abordará as relações raciais sob diferentes óticas, como literatura e história. Durante sua estadia no país norte-americano, a professora também ministrará uma palestra sobre ações afirmativas e literatura, inspirada na experiência da UERJ, primeira universidade a adotar o sistema de cotas no vestibular, e participará de reuniões relativas à fundação do "International African American Museum", museu de referência da história afro-americana, que será inaugurado em 2018.

Com Pós-Doutorado pela Universidade de Londres, Maria Aparecida é Doutora em Letras pela Universidade Federal Fluminense, Presidente da Casa de Leitura Dirce Côrtes Riedel, posto avançado da UERJ em Botafogo, Coordenadora Geral do Escritório Modelo de Tradução Ana Cristina César, do Instituto de Letras da UERJ, Cientista do Nosso Estado-FAPERJ, Procientista UERJ/FAPERJ e Pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Um debate sobre sambas famosos que se sobrepuseram ao enredo das escolas, enfatizando a importância da música nos desfiles de carnaval, é a proposta da roda de conversa "O samba além do enredo", que acontece no dia 19 de abril, às 18h30, no salão 02 do Centro Cultural, campus Maracanã. A atividade, promovida pelo Departamento Cultural, integra o calendário em comemoração ao Ano do Samba na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

"A música é determinante na criação da escola. Assim, a ideia é discutir essa precedência a partir da tensão entre a expressão musical e a visual, destacando que pode haver uma autonomia entre as duas", explica Felipe Ferreira, organizador do evento e professor do Instituto de Artes da UERJ.

O bate-papo, com direito a canja de violão e pandeiro, irá reunir compositores de sambas famosos, como “Festa Para Um Rei Negro”, de Zuzuca, que fez o Salgueiro vencer o campeonato em 1917; “Das Maravilhas do Mar Fez-se o Esplendor de Uma Noite”, de David Corrêa e Jorge Macedo, levando a Portela ao primeiro lugar em 1981; “Ziriguidum 2001”, de Gibi, Tiãozinho e Arsênio, que garantiu o título de campeã à Mocidade Independente de Padre Miguel, em 1985 e "A Vila Canta o Brasil, Celeiro do Mundo", de Martinho da Vila, Arlindo Cruz, André Diniz, Tonico da Vila e Leonel, fazendo da Vila Isabel a grande ganhadora do carnaval de 2013.