Os números são alarmantes: 28.611 casos suspeitos de dengue no Estado do Rio de Janeiro, com um óbito confirmado na cidade de Volta Redonda; 4.289 casos suspeitos de zika vírus, além de 235 casos suspeitos de febre Chikungunya em todo o Estado do Rio de Janeiro, somente no período de 1º de janeiro a 22 de março de 2016, segundo dados da Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde. Transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti, essas doenças têm gerado muitas dúvidas na população, principalmente sobre prevenção e controle. A fim de ser uma fonte segura na divulgação de informações sobre as doenças Zika, Dengue e Chikungunya e de atividades da UERJ com a comunidade sobre o tema, a Sub-reitoria de Extensão e Cultura (SR-3) da UERJ criou a página “Blitz Zika Zero”, no Facebook.

“Eu resolvi fazer a página no Facebook, que as pessoas acessam todo dia e que podem ter informação. Nessa página nós postamos algumas iniciativas das outras universidades e divulgamos as informações verídicas às quais as pessoas podem ter acesso. O Centro de Tecnologia Educacional, que é subordinado à SR-3, fez vários vídeos explicativos que também estão sendo colocados na página”, explica a Sub-reitora de Extensão e Cultura, Elaine Torres.

A iniciativa da criação da página faz parte da campanha “Zika Zero”, promovida pelo Ministério da Educação (MEC), na qual UERJ, UNIRIO e UFRJ estão trabalhando em conjunto e que inclui outras atividades, como a criação de grupos de trabalho para realização de projetos de extensão nas escolas e nos municípios do Estado com a atenção primária à saúde, como explica a Sub-reitora Elaine Torres: “Nós estamos fazendo várias atividades que se chamam ‘Zika Zero’, que são iniciativas que as universidades estão fazendo, em um movimento que começou com as federais, porque o ‘Zika Zero’ é uma campanha do Ministério da Educação. Então, o Ministério da Educação contatou as universidades federais UNIRIO, UFF e UFRJ, mais a UNIRIO e a UFRJ por conta da capital do Rio de Janeiro, e a professora Cláudia Aiub, que é Pró-Reitora de Extensão e Cultura da UNIRIO, nos convidou para que participássemos da campanha. Foram propostas atividades nas escolas que estejam próximas às unidades de Ensino Superior e nós vamos estender esse projeto também para o interior, trabalhando com as cidades onde nós temos nosso campus e que tenham pessoas habilitadas a fazer tal atuação. Também foram solicitadas atividades lúdicas e culturais e nós fizemos um levantamento de quais atividades podem ser feitas. Outra coisa que eu vou organizar são as palestras nas escolas tanto para o Ensino Fundamental quanto para o Ensino Médio”.

A Sub-reitoria de Graduação (SR-1) deu início às discussões sobre as reformas das matrizes curriculares dos cursos de Licenciatura da UERJ, tendo em vista as novas diretrizes indicadas pelo CNE\MEC, reformulações curriculares essas que deverão estar concluídas até 2017. A meta da Administração Central da Universidade, através da SR-1, é transformar a UERJ em referência nesses debates, bem como na formulação de propostas curriculares, de caráter inovador, no que toca à formação de docentes para a Escola Básica, contribuindo efetiva e criticamente para a ampliação da qualidade da formação desses professores e, por extensão, da Educação Básica.

Para dar celeridade a esse processo - e garantir um debate ampliado sobre o tema – foi instalada, em 28 de março, pela Reitoria, a pedido da Sub-reitora de Graduação, uma Comissão Consultiva ad hoc, junto à SR-1, com a finalidade de apoiar e enriquecer os debates e os trabalhos que se desenrolarão junto às Unidades Acadêmicas para esse fim. Tal Comissão funcionará durante esse período de reformulações curriculares. O Colegiado de Licenciaturas, órgão formalmente constituído no interior da SR-1, e que trata de todas as questões pertinentes aos Cursos de Licenciatura, também está em processo de recomposição e, brevemente, nele estarão sendo empossados os professores Coordenadores das Licenciaturas, indicados pelas Unidades Acadêmicas à SR-1. “Desse modo, estou certa de que contaremos com uma força tarefa, de grande competência técnica, contribuindo e trabalhando para que as reformulações curriculares aconteçam, em tempo hábil, demonstrando toda a pujança que a UERJ tem na formação de quadros docentes”, afirma a Sub-reitora de Graduação, professora Tania Carvalho Netto.

O Colegiado das Licenciaturas, as Unidades Acadêmicas e a Comissão Consultiva estarão debruçados na realização dessa árdua empreitada, com a participação do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp UERJ), que não poderá deixar de participar por ser campo experimental e privilegiado de estágio na área de formação de professores. “Essa Comissão Consultiva não substitui nenhum outro fórum da universidade. É composta pelo somatório diversificado de professores, com expertise em várias áreas de formação, e que irão dar suporte a esta Sub-reitoria, apoiando e contribuindo na interlocução com as Unidades Acadêmicas e junto aos trabalhos de elaboração das reformas curriculares”, ponderou a Sub-reitora Tania.

Presidida por Inês Barbosa de Oliveira, professora da Faculdade de Educação, a Comissão Consultiva irá atuar, durante todo o processo de reformulação curricular, dialogando, ainda, com o Colegiado das Licenciaturas das respectivas unidades acadêmicas e cuja posse está prevista para o final do mês de abril. Após toda essa construção coletiva - e antes de seguir para o Conselho Estadual de Educação - os novos currículos serão apreciados nos Conselhos Departamentais e serão submetidos à aprovação pelos órgãos internos, no âmbito da própria Universidade, primeiramente no Departamento de Orientação e Supervisão Pedagógica (DEP), depois pela Comissão Permanente de Graduação e, por fim, no Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CSEPE).

Para reduzir distâncias e dinamizar a comunicação interinstitucional, o Centro de Tecnologia Educacional (CTE), vinculado à Sub-reitoria de Extensão e Cultura (SR-3) da UERJ, criou a Sala de Videoconferência Leila Novaes de Queiroz. O espaço foi inaugurado no último dia 8 de abril, com a defesa da tese de doutorado “Rock in Rio: comunicação e consumo no contexto de um grande evento made in Brazil”. O trabalho foi elaborado por Flávio Lins Rodrigues, aluno da primeira turma de doutorado em comunicação da UERJ, sob orientação do professor da Faculdade de Comunicação Social da UERJ, Ricardo Freitas, que presidiu a banca examinadora através de videoconferência, em Montpellier, na França, onde atualmente faz seu segundo pós-doutorado.

“Essa já era uma ideia de alguns anos aqui no CTE, de dotar a UERJ de um ambiente específico para atender a demanda das unidades acadêmicas e administrativas em diversas atividades que envolvessem tecnologias de comunicação à distância, como videoconferências e webconferências. Nós já tínhamos esse projeto que acabou sendo viabilizado no final do ano retrasado, por meio de um financiamento conseguido junto à FAPERJ, por um projeto da Sub-reitoria de Extensão e Cultura e que envolveu diversos setores da SR-3. Nesse edital que foi concedido à Sub-reitoria, a parte que coube ao CTE era justamente a montagem e a estruturação de uma sala voltada para videoconferência. Nós contamos também com o apoio do Laboratório de Histocompatibilidade (HLA) da UERJ, na ocasião ligado ao professor Cristóvão Pôrto, que nos procurou para saber da possibilidade de fazermos uma série de trabalhos para o HLA, como gravações de videoaulas, e nós não tínhamos um local adequado para fazer esse material que ele nos solicitava, justamente porque não tínhamos o recurso todo para criar uma sala, e ele então nos apoiou com uma parte do recurso”, explica Ana Cláudia Theme, Diretora do Centro de Tecnologia Educacional.

Localizada no 10º andar, sala 10.044, no Bloco F, a sala de videoconferência tem estrutura física para receber até 38 pessoas na assistência, além de possuir uma mesa de conferência de 8 lugares, projetor multimídia, quadro branco, ar-condicionado, mesa auxiliar, laptop, microfones, mesa de som e webcam. Para utilizar os serviços, a unidade solicitante, seja acadêmica ou administrativa, precisa fazer o agendamento via Comunicação Interna (CI), que deve ser enviada, com antecedência mínima de 15 dias, para o e-mail saadm.cte@gmail.com e conter as seguintes informações: tipo de evento, data, horário e tempo de duração aproximado de uso da sala, além do telefone e e-mail de contato do organizador do evento. Mais informações sobre o espaço e o regulamento de utilização podem ser obtidas pelo e-mail anteriormente informado ou pelos telefones 2334-0089 e 2334-2176.

“Nós estamos começando agora, mas esperamos que a Universidade se aproprie deste espaço e entenda que é uma contribuição do CTE e da SR-3 para a comunidade de modo geral. Os espaços só são vivos se são ocupados e o que nós queremos é que esta sala se transforme em mais um espaço que a Universidade dispõe para divulgar a sua produção”, conclui Ana Cláudia.