Professores do Instituto de Medicina Social publicam três artigos na revista The Lancet

Em sua edição online de 9 de maio deste ano, a revista inglesa The Lancet editou uma série especial intitulada "Saúde no Brasil", com seis artigos científicos que trataram da situação atual da saúde no País. Três dos artigos tiveram como coautores professores adjuntos do Departamento de Epidemiologia do Instituto de Medicina Social da UERJ (IMS): Claudia Leite Moraes, Michael Eduardo Reichenheim e Gulnar Azevedo e Silva. Além deles, outros 26 pesquisadores brasileiros tiveram trabalhos publicados nessa mesma edição. A versão impressa da série também foi lançada em maio.

De acordo com o site do IMS, desde o final da década de 1960, época da sua criação, o Instituto vem se preocupando com questões que envolvem a realidade social brasileira e seu papel na saúde pública do País. Diretor do IMS desde março de 2008, o professor adjunto Cid Manso de Mello Vianna falou sobre a publicação dos três artigos na The Lancet e o que isso representa para a imagem da Universidade como um todo: "a revista é uma das principais publicações internacionais da área de saúde. Os artigos que saem ali têm padrão de excelência e uma repercussão mundial muito grande. Ter três professores do IMS com artigos publicados nela significa que o Instituto também prima pela excelência. Para a UERJ, esse feito mostra que a Universidade tem pesquisadores influentes tanto no Brasil quanto no exterior".

Claudia Moraes e Michael Reichenheim, coautores do quinto artigo da série, intitulado "Violência e lesões no Brasil: efeitos, avanços alcançados e desafios futuros", resumiram sua pesquisa publicada na The Lancet. "Fizemos um apanhado do que vem acontecendo com relação ao tema das mortes por fatores não-naturais, o que se alcançou até aqui e o que ainda precisa ser feito para melhorar a questão da violência e das lesões no País", disse Claudia. Michael Reichenheim, vice-diretor do IMS e autor desse e do sexto artigo da série, completou: "verificamos que a taxa de homicídios, somada aos óbitos relacionados ao trânsito, equivalem a dois terços das mortes por fatores externos. Em ambos os casos, o consumo de álcool e o uso e comércio de drogas ilegais têm papel fundamental".

Gulnar Azevedo e Silva, também professora adjunta do Departamento de Epidemiologia do IMS e uma dos oito autores do quarto artigo da série, intitulado "Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: carga e desafios atuais", explicou o conteúdo de sua pesquisa: "o artigo analisou a situação das doenças crônicas não-transmissíveis no Brasil entre os anos de 1996 e 2007. Nesse período, como o tabagismo diminuiu, houve também uma queda significativa no número de óbitos relacionados a doenças cardiovasculares. Apesar disso, elas continuam sendo as de maior incidência no País".

Para ter acesso aos artigos na íntegra, basta entrar na página da série "Saúde no Brasil" no site da revista The Lancet (http://www.thelancet.com/series/health-in-brazil).

UERJ aborda trabalho doméstico

O Departamento de Ciências Sociais do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas e o Núcleo de Estudos sobre Desigualdades Contemporâneas e Relações de Gênero (Nuderg) promoveram no dia 30 de maio a palestra "PIB, tempo de trabalho, produção da existência ou invisibilidade? O que a economia tem a dizer sobre o trabalho doméstico?". A palestrante foi a professora Hildete Pereira de Melo, da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF). O evento aconteceu na sala RAV-94, (9º andar, Bloco F do Pavilhão João Lyra Filho) e teve início às 19h30.

Convidada por Clara Maria de Oliveira Araújo, professora adjunta do Departamento de Ciências Sociais e coordenadora do Nuderg, Hildete falou sobre a divisão sexual do trabalho e expôs dados estatísticos sobre o serviço doméstico: "O trabalho feminino sempre foi relacionado ao cuidado e ao amor aos outros, e por isso é invisível. Segundo dados de 2008, o serviço doméstico remunerado é a profissão de maior incidência entre as mulheres brasileiras". A professora da UFF apontou que quase sete milhões de mulheres exercem essa atividade.

A professora Clara, que integra a linha de pesquisa Desigualdades e Diferenças Sociais do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UERJ, explicou de que forma os assuntos abordados na palestra de Hildete estão relacionados àquilo que é estudado no Departamento de Ciências Sociais. "Trazer um olhar mais econômico sobre essa questão da divisão sexual do trabalho é praticar a interdisciplinaridade cada vez mais necessária para entendermos este mundo multifacetado em que vivemos."

EVENTOS

Américas em debate
O Laboratório de Estudos Políticos das Américas, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em História da UERJ, em parceria com a Faculdade de Direito e a Faculdade de Ciências Econômicas, recebeu, nos dias 1º e 2 de junho, no campus Maracanã, o VI Fórum de Debates Povos de Culturas das Américas, com o tema "Cidades em debate: Economia, Meio Ambiente e Etnicidade". O Fórum também ocorrerá na Universidade Federal do Espírito Santo e na Universidade Nacional da Costa Rica durante o mês de junho.

África na UERJ
O Programa de Estudos e Debates dos Povos Africanos e Afro-Americanos do Centro de Ciências Sociais promoverá no dia 14 de junho, às 15h, o lançamento do projeto "Painéis D´África", em comemoração ao Dia da África (25 de maio). Haverá a mesa redonda "Relação Brasil/África: Acordos Educacionais e Culturais - Percursos e Desafios" e apresentações de números de dança Gumbé, de Guiné-Bissau, e Kuduro, de Angola. Informações pelo telefone 2334-0140 e no site (www.neab-proafo.uerj.br).

CURSO

Teatro
Estão abertas até 26 de junho as inscrições para o projeto "Zonas de Contato", programa de formação artística para atores e interessados em teatro e dança. Direcionado à comunidade interna da UERJ (alunos e servidores), o programa oferece cursos durante os meses de junho, agosto e outubro, no Teatro Noel Rosa. A programação é gratuita, mediante inscrições com carta de apresentação do candidato. Outras informações pelo e-mail (deniseespirito@yahoo.com.br).