Oficina da memória orienta e promove descobertas

"Quem não se esquece das coisas no dia-a-dia? O esquecimento é um bom mecanismo de defesa natural quando não é algo freqüente." Foi assim que a professora neurogeriatra Tânia Guerreiro começou a 25ª edição da Oficina da Memória na UERJ. Apesar de se tratar de um evento aberto a todos, idosos interessados em saber como manter sempre a mente afiada lotaram o Teatro Odylo Costa, Filho na tarde do dia 5 de maio.

Com o ambiente da plateia a meia luz, a professora Tânia, da Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI), começou a explicar como o ser humano busca uma determinada lembrança e o funcionamento das sinapses. Não foi uma mera explicação biológica: ela deixou bem claro que chegar à terceira idade com a mente aguçada e com alta qualidade de vida depende "50% da genética e os outros 50% do estilo de vida e como lidamos com as situações cotidianas". A professora Tânia diz que é essencial saber superar as frustrações e encarar todas as coisas do melhor modo possível.

No desenrolar da oficina, o objetivo foi perceber que a vida é uma balança de ganhos e perdas, que precisa ser equilibrada e exercitada de forma consciente. Eis uma das buscas da ciência para entender melhor como envelhecer de forma saudável, que no Brasil ainda não é a regra. "Para chegar lá, lúcido e bem fisicamente, é preciso de uma pitada de sorte e boa parte do restante depende de nós", disse a professora Tânia. "Sempre cuidando bem do corpo e da mente, com exercícios."

Ao envelhecer, tudo parece estar fora de sintonia porque as pessoas se sentem mais frágeis. Tal vulnerabilidade acaba levando a sintomas como depressão ou predisposição para o desenvolvimento de câncer e outras doenças. A professora falou da perspectiva de vida na terceira idade: a aposentadoria muda a rotina, assim como a saída dos filhos de casa. Então surge a impressão de que tudo possível já foi feito. "Na verdade, essa é a hora de descobrir o que faltava fazer", completou Tânia. Ela esclareceu que desenvolver conscientemente as emoções para fortalecer o corpo e uma mudança simples na postura já mudam essa sintonia desfavorável.

Em alguns momentos, a apresentação foi interrompida para a realização exercícios com o público. Um deles, por exemplo, foi acerca da superação: "a metáfora do braço". A professora Tânia pediu para que todos se levantassem, esticassem e girassem os braços para as costas o máximo possível. Em seguida, ao fechar os olhos, deviam repetir o movimento apenas mentalmente, visualizando ir um pouco além. Depois de uma segunda tentativa imaginária, todos voltavam a esticar os braços. O burburinho e as exclamações de surpresa tomaram o teatro, pois quase todos na platéia se surpreenderam ao levar seu corpo um pouco além do que acreditavam ser possível.

Entre um depoimento e outro, foram apresentadas as principais preocupações da terceira idade e os esforços em busca de soluções. Durante a Oficina da Memória o participante aprende que não há uma receita pronta. Mas durante toda a vida é preciso reconhecer limites (que mudam de acordo com cada fase) e também descobrir e investir nas potencialidades individuais, algo que cria laços para fortalecer e favorecer a auto-estima de cada um.

Livro relembra resistência feminina à ditadura

O livro Luta, substantivo feminino - mulheres torturadas, desaparecidas e mortas na resistência à ditadura, produzido pela Secretaria de Direitos Humanos, foi lançado no dia 13 de maio no Salão Nobre da Faculdade de Direito. O evento foi uma parceria entre o Programa de Pós-Graduação em História, a Faculdade de Direito, o Nucleas (Núcleo de Estudos das América), o Nibrahc (Núcleo de Identidade Brasileira e História Contemporânea) e as secretarias de Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres. Na ocasião, foram distribuídos exemplares aos presentes.

Atividades em Ilha Grande

"O Ambiente da Ilha Grande", livro sobre as atividades acadêmicas desenvolvidas no Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (CEADS) em Ilha Grande, foi lançado em 27 de maio na Escola Nacional de Botânica Tropical, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Organizada pelos professores Marcos Bastos e Cátia Callado, a publicação registra as experiências em ensino, pesquisa e extensão de integrantes dos quatro centros setoriais da UERJ: Biomédico, de Educação e Humanidades, de Ciências Sociais e de Tecnologia e Ciência.

Censo reúne dados da Universidade

Precisando de alguma informação sobre a UERJ? Então, não deixe de recorrer ao DataUERJ. A publicação reúne indicadores sobre os cursos, infra-estrutura, departamentos e servidores. Ou seja, é um censo da UERJ, que serve como base para uma pesquisa sobre a Instituição. O anuário teve sua publicação descontinuada entre 2004 e 2007, mas a coleta de informações foi retomada em 2008.

De acordo com a Diretora do Núcleo de Informação e Estudos de Conjuntura (Niesc-VR), Lúcia Schmidt, o DataUERJ é a referência das informações que são repassadas para o MEC na avaliação da Universidade. Além disso, o anuário presta contas à sociedade e traz indicadores para auxiliar a gestão da UERJ.

A Diretora comentou a relevância do trabalho conjunto entre o Niesc-VR e as unidades acadêmicas. "É importante estabelecer uma cultura de repasse de informações", explicou Lúcia. Isso porque a coleta dos dados depende exclusivamente desse repasse, tornando-se necessário que as unidades fiquem atentas aos prazos e ao armazenamento das informações para o DataUERJ.

Disponível em três versões, o anuário pode ser acessado pela internet por meio do site www2.datauerj.uerj.br/index.html . O DataUERJ também conta com uma versão impressa, que é distribuída para todas as unidades acadêmicas e administrativas, e uma a versão em pen drive, para distribuição externa. A expectativa é de que a versão impressa e a em pen drive de 2010 sejam lançadas no início do segundo semestre deste ano. Grande parte do conteúdo na internet já está atualizada com os dados da nova versão.

Galeria exibe artista do inconsciente

Obras inéditas de Fernando Diniz estão sendo apresentadas na exposição "Traços do Inconsciente". Reunidos durante os dois últimos anos de vida do artista, de 1997 a 1999, período em que estava internado na Vila da Unidade Assistencial de Psiquiatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto, os trabalhos presentes na mostra tem formas geométricas, cores e sucessões de imagens típicas de Diniz. A exibição estará na Galeria Cândido Portinari até o dia 25 de junho, de segunda à sexta, das 9 às 20 horas.

REGISTRO

Direito
Gustavo Tepedino, professor titular de Direito Civil e ex-diretor da Faculdade de Direito da UERJ, acaba de ser eleito para a Academia Internacional de Direito Comparado, com sede em Paris ( www.iuscomparatum.org ). Trata-se de uma das entidades de maior prestígio no mundo jurídico, e que conta, em seus quadros, historicamente, com poucos brasileiros.

EVENTOS

Perspectivas em Comunicação
O Laboratório de Comunicação Integrada da Faculdade de Comunicação Social da UERJ realizará nos dias 08, 09 e 10 de junho a sétima edição do "Seminário Perspectivas Profissionais em Comunicação". O evento acontecerá das 15h às 18h, no auditório 11 do Campus Maracanã, com entrada franca. Inscrições pelo email seminarioperspectivas@gmail.com , mediante informação de nome completo, instituição de ensino, série escolar ou habilitação e período. As vagas são limitadas. Os participantes que comparecerem aos três dias receberão certificados.

Semiótica
Até 30 de junho estão abertas as inscrições para apresentação de comunicações orais e pôsteres no III Colóquio de Semiótica. O evento, produzido pelo Grupo de Pesquisa Semiótica, Leitura e Produção de Textos (Seleprot) da UERJ, acontecerá nos dias 10, 11 e 12 de novembro, no Campus Maracanã, nos Laboratórios de Idiomas do Instituto de Letras e no auditório 11 da Universidade. Na ocasião será homenageado o professor Juan Magariños de Morentin, falecido este ano. Inscrições pelo email coloquio.seleprot@gmail.com