Moção CSEPE - Solidariedade à UFMG


Na manhã do dia 6 de dezembro, reitores e ex-reitores da UFMG tornaram-se as mais recentes vítimas da arbitrariedade jurídico-policial em nosso país, submetidos à infame “condução coercitiva”, sem que tivessem sido cumpridos os trâmites legais para tanto. Depois da dantesca humilhação sofrida pelo Reitor da UFSC à época, Luís Carlos Cancellier, que culminou com sua morte, era de se esperar moderação em futuras ações policiais, mas não foi o que se viu. Nos dois casos, alegações vagas e duvidosas de irregularidades, sem relação com a administração corrente, serviram de argumento para atos de violência e humilhação injustificados e desnecessários, sempre com mobilização de cúmplices no aparato midiático. Atacada por relatórios falaciosos de supostos especialistas do Banco Mundial, ou gravemente asfixiada em seu financiamento, como a UERJ, UENF e UEZO no Rio de Janeiro e as estaduais do Rio Grande do Norte (UERN) e do Rio Grande do Sul (UERGS) e, mais recentemente, até as estaduais paulistas, como a UNESP, e o conjunto das universidades federais, não resta a menor dúvida de que há um ofensivo projeto de ataque à universidade pública brasileira, engendrado por segmentos dos governos estaduais e federal, que vem sendo acompanhado pelo Judiciário. O resultado desse projeto será o agravamento ainda mais profundo das desigualdades em nosso país.


Face ao exposto, a UERJ solidariza-se com os colegas da UFMG e conclama que todo setor acadêmico do país se una em defesa da universidade pública de qualidade, antes que seja tarde demais.

 

Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da UERJ



Notícia publicada em: 08/12/2017