UERJ assina convênio com Agência da ONU para refugiados


A UERJ deu um passo a mais no desenvolvimento e execução de ações voltadas à população em condição de refúgio. O reitor Ruy Garcia Marques e a representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR/ONU) no Brasil, Isabel Marquez, assinaram um termo de compromisso de adesão à Cátedra Sérgio Vieira de Mello, durante cerimônia realizada nesta terça-feira (06/06), no auditório da Reitoria.

 

Implementada em 2003 pela ACNUR em cooperação com centros universitários nacionais e com o Comitê Nacional para Refugiados (CONARE), a Cátedra Sérgio Vieira de Mello tem o objetivo de promover o ensino, a pesquisa e a extensão universitária voltados à população em condição de refúgio. Visa também promover a formação acadêmica e a capacitação de professores e estudantes nesta temática.

 

Desde 2014, a UERJ está envolvida com questões relacionadas ao refúgio e já possui trabalhos publicados e projetos em andamento. Um deles é o curso de língua portuguesa para refugiados, que acontece no campus Maracanã, utilizando material didático preparado por professores do Instituto de Letras (ILE) e da Faculdade de Educação (EDU) e pela equipe pedagógica da Cáritas RJ. Atualmente, o curso já conta com sete turmas e mais de 150 inscritos.

 

Durante a solenidade, o reitor Ruy Garcia Marques destacou a importância da cátedra para a universidade. “É uma atividade ímpar porque engloba tanto a multidisciplinaridade quanto a interdisciplinaridade. Queremos que essa parceria cresça e se fortaleça”, defendeu. Visivelmente emocionada, a vice-reitora Georgina Muniz lembrou a vocação extensionista da UERJ. “Acredito nesse projeto. A cada dia, esse projeto me dá uma alegria nova porque vejo mais uma unidade acadêmica se engajando. Inclusive, já reconhecemos o diploma dos refugiados, muitas vezes com o apoio das embaixadas”, explicou. Já Isabel Marquez, representante da ONU, fez um histórico da atuação da cátedra no país e elogiou a resistência da UERJ frente às dificuldades atuais. “A UERJ é uma universidade que se caracteriza pela resiliência em tempos de crise e pelo desenvolvimento do seu papel social como universidade pública e que continua exercendo, apesar de todas as dificuldades que você estão, infelizmente, vivendo”, avaliou.

 

O evento contou com a participação de refugiados oriundos do continente africano, de países latino americanos e também de docentes uerjianos das áreas de Educação, Letras, Direito, Medicina, Nutrição, Serviço Social, Ciências Sociais, dentre outras. Participaram também o sub-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, Egberto Gaspar; a sub-reitora de Extensão e Cultura, Elaine Torres; os diretores dos centros setoriais da UERJ; a coordenadora da Cátedra, Poliana Coeli; o diretor do Centro de Informações das Nações Unidas (UNIC) no Rio, Maurizio Giuliano; a coordenadora geral do Programa de Atendimento a Refugiados da Cáritas RJ, Aline Thuller; a diretora do Instituto de Letras da UERJ, Magali dos Santos Moura; e do professor Adjunto de Literatura Inglesa da UERJ, Davi Ferreira de Pinho. A íntegra da solenidade, com a fala das autoridades participantes, está disponível aqui.

 

 



Notícia publicada em: 08/06/2017