Reitoria e Comando de greve negociam melhorias para UERJ


O Reitor Ruy Garcia Marques, a Vice-reitora Maria Georgina Muniz Washington e o Chefe de Gabinete, Roberto Dória, participaram, nesta terça-feira (17/05), de mais uma reunião com representantes da Associação de Docentes da Universidade do Estado do Rio Janeiro (Asduerj), do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio de Janeiro (Sintuperj), do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e do comando de greve. O objetivo foi debater coletivamente possíveis soluções para a crise de financiamento da UERJ e também outros pontos de reivindicações dos segmentos acadêmicos.

 

Durante o encontro, realizado na sala de reuniões da Reitoria, os movimentos docente, discente e dos servidores técnico-administrativos tiveram novamente a oportunidade de expor as preocupações sobre o futuro da Universidade. Na ocasião, o Reitor confirmou a convocação de uma reunião extraordinária do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CSEPE) para a próxima quinta-feira (19), às 9h, tendo o calendário do Vestibular Estadual 2017 como pauta única da sessão.

 

Na reunião, o Reitor Ruy Garcia Marques também apresentou um panorama atualizado da situação financeira da UERJ e as necessidades mínimas para garantir ofuncionamento no decorrer deste ano e também para quitação de parcelas atrasadas dos serviços executados pelas empresas terceirizadas. Segundo ele, a dívida da UERJ é de cerca de R$ 150 milhões. “Precisamos ter recursos emergenciais para pagar, ao menos, dois meses de cada uma das empresas terceirizadas. Isso não resolve o problema, mas nos coloca em condições de negociarmos os contratos com as empresas prestadoras de serviço e de fornecimento de insumos. Dois meses de pagamento permitiriam que essas empresas pudessem também começar a retomar o pagamento aos seus funcionários. O valor para esse apoio emergencial que precisamos é de R$ 12 milhões e mais R$ 20 milhões mensais de custeio. Isso é abaixo do orçamento aprovado para a UERJ pela Alerj. Isso fica equacionado no sentido de podermos ter uma condição mínima de funcionar”, explicou o professor.

 

 

 

Outros assuntos discutidos foram a revogação da AEDA 60/2015, que normatizou o estágio probatório; a revisão dos critérios de concessão de auxílio permanência para os estudantes; o reforço na segurança no campus Maracanã; a possibilidade de realocação das atividades de ensino de pós-graduação para outros espaços do campus durante o período de greve; a licitação para aquisição de veículos para transporte de estudantes e servidores para trabalhos de campo; a urgente efetivação de servidores aprovados em concursos por parte da Superintendência de Recursos Humanos (SRH); o mapeamento dos bens imóveis da Universidade; e demais temas de interesse comuns das categorias.

 

A Vice-reitora Georgina Muniz apresentou um relato dos primeiros resultados preliminares das vistorias realizadas recentemente nas unidades externas, onde estão sendo observadas as necessidades de melhorias de infraestrutura, de conservação, de reestruturação do espaço físico e de acessibilidade, incluindo a viabilidade de implantação de um restaurante universitário e a consequente elaboração dos projetos.

 

Por fim, o Reitor da UERJ informou que participará, nesta sexta-feira (20), de uma audiência com o Governador em exercício, Francisco Dornelles, na qual irá apresentar um estudo de custeio mínimo para operacionalização das atividades na UERJ até o final de 2016. A reunião terá ainda participação do Secretário Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gustavo Tutuca, e dos reitores da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) e da Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO).

 

A próxima reunião da Administração Central da UERJ com o comando de greve está prevista para a próxima semana.

 



Notícia publicada em: 18/05/2016