UERJ conquista cinco aprovações no edital PRONEX


       A UERJ teve cinco propostas aprovadas no edital do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex) – 2013, mantido pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Divulgado na semana passada, o resultado apontou que, das 47 propostas contempladas oriundas de dez instituições, a UERJ foi a terceira em número de propostas aprovadas, logo abaixo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).

 

         Três projetos uerjianos tiveram o estudo da obesidade como principal motivo agregador de diversos grupos de pesquisa. Nos últimos anos, a UERJ vem se destacando no estudo da epidemia de obesidade e obtendo o devido reconhecimento, visto que as propostas em questão versam sobre esta temática, com diferentes enfoques, que vão da pesquisa experimental, clínica e em saúde pública.

 

         Para o Sub-reitor de Pós-graduação e Pesquisa, Egberto Gaspar de Moura, a continuidade do auxílio financeiro por parte das agências de fomento é mais importante para a pesquisa científica e tecnológica do que o montante do recurso. “A crise econômica e política que se abateu sobre o país, a partir de 2015, veio prejudicar muito o financiamento da pesquisa, ameaçando entrarmos num ciclo vicioso de baixo investimento e produção. Um edital do porte do PRONEX dá um certo alívio e o fato de que cinco grupos da UERJ foram selecionados, só vem reforçar a garra com que nossa instituição não se deixa abater, mesmo em momentos difíceis como este”, explicou o professor, que também teve uma pesquisa contemplada.

 

        Desenvolvido com apoio de pesquisadores da UFRJ e da UFF, o projeto “Papel da vitamina D na obesidade – Ajudando a compreender a epidemia de obesidade e buscando uma nova estratégia terapêutica” tem o objetivo de verificar a relação entre duas epidemias de doenças não transmissíveis que estão ocorrendo e que podem estar associadas: a deficiência de vitamina D e a obesidade. Os resultados poderão contribuir para o desenvolvimento de novas estratégias para o tratamento da obesidade e da carência de vitamina D na população. “Nosso estudo visa esclarecer de que forma a vitamina D pode regular a nossa ingestão alimentar ou o gasto energético, contribuindo para uma maior massa de gordura corporal”, analisou Egberto, docente vinculado ao Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes (IBRAG).

 

      Em sua quarta versão, o PRONEX está disponibilizando R$ 24 milhões para atender aos grupos de pesquisa, sendo R$ 12 milhões oriundos da Faperj e outros R$ 12 milhões do CNPq. Os recursos foram divididos em duas faixas de financiamento e as liberações serão feitas em três parcelas, com plano de execução de projetos em um prazo máximo de 36 meses. O repasse irá financiar despesas de capital (material bibliográfico, equipamentos e material permanente e obras) e itens de custeio (aquisição de componentes ou peças de reposição, material de consumo, pequenas obras de infraestrutura e instalações, serviços de terceiros - pessoas físicas e jurídicas - diárias, passagens e despesas acessórias de importação).

 



Notícia publicada em: 17/05/2016